quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Lei anti-palmada.


Agora que sou pai, mesmo que muito recente, já começo a enxergar várias coisas de maneira diferente do que enxergava antes.
É o tal do: "Você vai entender um dia, quando tiver seus própios filhos." Que tanto falam nossos avós, pais, tios...
Fiquei mais amolecido de coração... algumas coisas me tocam mais... a TV mostrando crianças abandonadas, maltratadas, entregues a própria sorte... me dá uma certa aflição que antes praticamente eu não tinha, mesmo vendo as mesmas coisas.
Assim como ver uma criança linda e saudável correndo feliz da vida, me desperta um sorriso diferente... difícil de explicar.
Efeito Ágatha, certamente.
Já escrevi em diversos posts, que nem éramos pais ainda, e muito já falávamos na educação de nossa filha... se estávamos prontos para o desafio de lhe dar uma educação decente, formar uma pessoa que mesmo um dia talvez estando longe fisicamente, mantenha os valores morais/éticos condizentes com a educação recebida de nós, seus pais.
Concluimos que sim.
Algo me diz que a Ágatha não vai ser difícil, que será uma menina querida e obediente.
Mas claro que isto não quer dizer que aqueles momentos em que nossa paciência vai torrar não vão existir.
A Rose sempre diz que conversando se resolve as coisas. Você tem que conversar, argumentar, conversar, conversar e argumentar mais, e mais e mais.
Eu concordo com ela, mas preciso dizer que eu já não tenho essa paciência toda.
Admiro os pais que tem os filhos criados como cidadãos de bem, e que dizem que nunca precisaram lhes levantar a mão. Que conseguiram sempre resolver as coisas na conversa, ou no máximo, dar um castigo sob forma de penalidade.
Mas eu sou da linha de que às vezes não tem jeito: umas boas palmadas na bunda podem valer por mais de mil palavras.
Digo por experiência própria, pois eu apanhei algumas vezes quando criança. Não foram muitas, mas apanhei, e claro que foi sempre merecido.
Talvez meus pais pudessem também terem resolvido todas as questões na base da conversa, mas em alguns casos, o que imperou foi o chinelo, ou a temida varinha, que dependendo de quão grave tinha sido o que aprontei, ficava exposta em algum lugar bem visível por vários dias ou semanas, para que eu pudesse sempre vê-la e saber o que me esperaria caso tornasse a repetir o que tinha feito.
Deu certo: não sou santo, mas sou gente de bem.
Sou alguém que pode acrescentar algo aos outros, e não lhes ser um peso morto.
Concordo que esse tipo de coisa é mais pela imposição do medo de apanhar, e não por um eventual respeito conquistado, do qual tanto falam os psicólogos.
Medo ou não, a coisa funcionava conforme já disse, e pelo menos na nossa época, as crianças não eram tão mal criadas, e não se tinha notícias de alunos amedrontando os professores, como hoje.
Quem de nós já não viu alguma criança num momento insuportável, e disse para si mesmo que se fosse sua, lhe daria umas boas chineladas?
Não entendo como possam querer fazer uma lei proibindo os pais de baterem em seus filhos.
Vejam bem: claro que não estou falando de espancamentos, ou de humilhar a criança dando-lhe uma surra em público, mas sim, em mostrar a criança quem está no controle. E se mostrar quem está no controle implica em último caso em ter que lhe dar umas palmadas, que seja!
Lembrei de pesquisar o que a Bíblia diz sobre o assunto, pois já que nos dizemos cristãos, ela deveria ser sempre nosso livro guia, e não o livro de ajuda tal, de educação tal, etc.
"Corrija seus filhos enquanto eles tem idade para aprender, mas não os mate de pancadas." Provérbios 19:18
Há outra passagem já no Novo Testamento, em que o Apóstolo Paulo também fala que algumas palmadas não irão matar a criança, mas sim, poderão até livrá-la da morte, pois a ajudarão a se manter no caminho correto.
Bom... o assunto é polêmico, mas se a coisa continuar do jeito que está, daqui a 20 anos, o Congresso vai ter que estar fazendo lei proibindo os filhos de baterem nos pais! Porque vai ser isto que vai estar acontecendo: os filhos é que estarão batendo nos pais.
Parabéns mais uma vez aos pais que conseguem educar na base da conversa.
Mas louvada seja também a palmada, se aplicada na hora certa.


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